quarta-feira, 6 de maio de 2009

Os dados são alarmantes: o câncer no intestino está no topo do ranking.

Fonte ou Autoria : Márcio Alves

23-Abr-2009

Os dados são alarmantes: o câncer no intestino está no topo do ranking como um dos mais comuns no Brasil, e a maior parte dos diagnósticos é realizada em pessoas com idades entre 50 e 70 anos.
Em alguns pacientes portadores de alterações genéticas, o câncer pode ocorrer antes dos 50 anos. O sexo feminino é discretamente mais afetado do que o masculino. O melhor prognóstico do câncer de intestino grosso está relacionado à prevenção e ao seu diagnóstico em fases iniciais. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer são a dieta rica em gorduras e pobre em substâncias com fibras, a falta de exercícios físicos, obesidade e o tabagismo. Sendo assim, os hábitos que previnem o surgimento do câncer são uma dieta pobre em gordura e rica em frutas, verduras e cereais, o abandono do tabagismo, a realização regular de exercícios físicos e a manutenção do peso ideal.Outro fator de risco para o câncer de intestino são a história familiar deste tipo de câncer, principalmente de parentes próximos, como avós, pais, tios, primos de 1º grau e irmãos. O desenvolvimento deste tipo de câncer ocorre de duas formas: através do surgimento de lesões pré-malignas conhecidas como pólipos intestinais, ou através de alterações genéticas e hereditárias. Aproximadamente 15% dos tumores malignos do intestino grosso estão relacionados à hereditariedade, ou seja, estão presentes em pessoas com alterações genéticas, e são mais comuns em pacientes abaixo dos 50 anos. As duas doenças mais comuns são a polipose adenomatosa familiar (PAF) e o câncer colorretal hereditário não polipóide (HNPCC). A polipose adenomatosa familiar se caracteriza pelo surgimento de milhares de pólipos pré-malignos no intestino grosso devido a um erro genético. Como estes pólipos surgem na infância e adolescência, a chance de um dos pólipos se tornar um tumor de intestino durante a vida do paciente é de 100%. Devido a isto, estes pacientes devem ser submetidos à retirada de todo intestino grosso como forma de prevenção ao câncer. A busca pela saúde plena e pelo menor sofrimento possível paciente é intensa sempre. Com isso, o avanço da medicina traz inúmeras vantagens, tanto para nós médicos, quanto para os pacientes. Na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 70% das cirurgias abdominais são feitas com videolaparoscopia. E Rio Preto não fica atrás. Essa técnica cirúrgica, que provavelmente representa o maior avanço da cirurgia no último século, depois da descoberta da anestesia está fazendo sucesso na cidade e ganha cada vez mais profissionais adeptos. Pela primeira vez na história da Medicina, ela permitiu que o médico pudesse observar o interior do corpo humano com uma abertura mínima, de apenas alguns milímetros. Com a videolaparoscopia, independente do tamanho da operação, em poucos dias o paciente retoma suas atividades normais. Além disso, o custo da cirurgia cai significativamente. A videolaparoscopia é feita com ferramentas cirúrgicas, cuja escala é medida em milímetros. Esses instrumentos são guiados por uma minúscula câmera de vídeo, que mostram imagens em torno de 20 vezes maior e mostradas em um monitor de alta definição, em cores. Com essa tecnologia o cirurgião está equipado para abordar um grande número de doenças, de forma rápida, segura e praticamente indolor. Com essas pequenas incisões, existe menor manipulação dos órgãos e, conseqüentemente, a agressão cirúrgica é menor, acarretando enormes vantagens desse método quando comparado com a cirurgia convencional. Ele elimina as internações, as transfusões de sangue e, em muitos casos, até mesmo os pontos. Sem contar os riscos de infecções hospitalares e outros problemas causados pelos cortes invasivos, antes necessários. A esses benefícios soma-se também a menor intensidade da dor pós-operatória, medida diretamente pela mínima quantidade de analgésicos consumida pelos pacientes no pós-operatório. Prof. Dr. João Gomes NetinhoDoutor em cirurgia pela Unicamp, professor da Faculdade de Medicina de Rio Preto - FAMERP, especialista em doenças do aparelho digestivo, colon, reto e ânus. Na última sexta-feira, 17 de abril, foi entrevistado pela equipe do Globo Repórter abordando a pauta sobre doenças desencadeadas pelo fator emocional.

Postagem realizada pelo grupo: Pré - Biólogos.

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