segunda-feira, 30 de março de 2009

Cigarro gera efeito psicológico mais intenso nas mulheres, diz estudo

Um estudo realizado pelo Grupo de Apoio ao Tabagista (GAT) do Hospital do Câncer A. C. Camargo, em São Paulo, destaca que, psicologicamente, o tabaco gera nas mulheres efeitos mais intensos quando comparado aos homens, causando dificuldades adicionais para o abandono do vício.Uma das hipóteses é que isso ocorra porque as mulheres são mais sujeitas aos sintomas de depressão e ansiedade. Segundo os pesquisadores, cerca de 90% das fumantes iniciam seu hábito na adolescência, a partir dos 13 anos de idade, devido a fatores como pressão social e imitação do grupo.

levantamento feito com 6 mil pacientes em tratamento concluiu ainda que, em cerca de 50% dos casos, entre homens e mulheres, a dependência do cigarro é exclusivamente psicológica. Apenas 20% dos pacientes apresentaram dependência grave de nicotina e 30% são dependentes leves ou moderados da substância.Entre os males causados pelo cigarro à saúde da mulher está o aumento dos riscos de câncer de pulmão, uma vez que o tabaco é responsável por 98% dos casos, de acordo com o trabalho, além do aumento de outros tipos de cânceres como o de boca, esôfago, laringe, faringe e garganta.Os autores da pesquisa destacam que muitas mulheres associam parar de fumar com ganho de peso. "O ganho é relativamente pequeno (cerca de 4 quilos), sendo evitável em caso de tratamento com auxílio de especialista. O maior problema é que elas não apenas temem engordar ao cessarem o vício, como também a maioria começa a fumar por ouvir dizer que esse hábito emagrece", destaca a psiquiatra e coordenadora do GAT, Célia Lídia da Costa.Além de sinais estéticos e sociais como o envelhecimento precoce por alterações microvasculares da pele, outras consequências são o aumento da taxa de infertilidade, alterações menstruais e doenças cardiovasculares.Os riscos são ampliados quando o tabaco está associado ao uso de métodos anticoncepcionais, podendo causar problemas na gravidez e interferir diretamente na saúde e no peso do bebê, pois o tabaco diminui a chegada de nutrientes pela placenta.

Grupo: Gustavo colussi, Raphael Bernini, Raphael Mendes e Vitor Seiti

fonte:http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2009/03/25/ult4477u1459.jhtm

terça-feira, 24 de março de 2009

Gordura da carne pode levar a excesso de apetite

A pesquisa da Unicamp revela: o excesso de gordura traz consequências para o cérebro e pode fazer algumas pessoas comerem mais do que o necessário.
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), interior de São Paulo, descobriram mais um problema no consumo daquela gordurinha que vem em volta da carne e que já faz tanto mal à saúde. O repórter Paulo Gonçalves explica. Calorias em baixa. Carne branca, salada e frutas. O jornalista Marcelo do Canto mudou a alimentação depois de um princípio de infarto com o resultado dos excessos à mesa.
“Quem vai a um restaurante e não gosta de uma picanha? Quem não gosta de uma costela”, ele questiona. A gordura da carne bovina é a saturada, de origem animal. Ela é encontrada também na pele de frango e na manteiga. É tão prejudicial quanto à trans, sintética, de alguns biscoitos recheados e margarinas. Ela não é tão saudável quanto à gordura insaturada, que aparece, por exemplo, nos óleos vegetais e no azeite de oliva. O cardiologista Flávio Pozzuto explica que a gordura saturada é importante para a produção de hormônios. Mas, quando é parte de 30 % da dieta diária, pode comprometer as artérias: “A parte amarelada é o depósito de gordura dentro da artéria. Isso, com o passar dos anos, vai levar a uma obstrução praticamente total da artéria, um infarte ou derrame, se não tratar”. Que a gordura é uma vilã para a saúde, a ciência já sabe. A novidade é como ela interfere no controle do apetite. A pesquisa da Universidade de Campinas, publicada em uma revista científica internacional, revela: o excesso de gordura traz conseqüências para o cérebro e pode fazer algumas pessoas comerem mais do que o necessário. Após cinco anos de estudos com ratos, o Laboratório de Clínicas Médicas da Unicamp conseguiu identificar as conseqüências da gordura saturada no cérebro. Ela atua diretamente no hipotálamo, região responsável pelo controle do apetite e gasto energético. De acordo com os estudos, a gordura mata os neurônios encarregados de transmitir a informação de que o indivíduo está satisfeito. “A perda de alguns desses neurônios pode ter consequências bastante desastrosas para a manutenção do equilíbrio entre fome e gasto de energia”, afirma o pesquisador Lício Velloso. Resultado: os ratos da experiência comeram por impulso muito além do que precisavam e engordaram. Agora, cientistas analisam, através de tomografias, os reflexos em seres humanos. O próximo prazo é desenvolver medicamentos que eliminem os efeitos da gordura no cérebro. Enquanto isso, a recomendação é dar preferência às gordura de origem vegetal. “O dano causado ao neurônio é menor com esse tipo de gordura", destaca o pesquisador da Unicamp.

Grupo: Caio Daló, Caio Morotti, Fabricius Renó, Laura Moretti, Luigi Bianchi
Nome: biologic people
fonte:
www.globo.com

Consumir carne vermelha aumenta risco de morte, afirma pesquisa

Redação Central, 23 mar (EFE).- O consumo de carnes vermelhas e processadas aumenta o risco de morrer de diversas causas, entre elas de câncer e doenças cardiovasculares, segundo um estudo realizado por médicos americanos ao longo de dez anos.
A afirmação consta de uma pesquisa dos médicos Rashmi Sinha e de seus colegas do Instituto Nacional do Câncer de Rockville, Maryland, Estados Unidos, que publicam hoje os resultados de um estudo na revista "Archives of Internal Medicine".
Os cientistas avaliaram a associação entre consumo de carne e risco de morte em mais de 500 mil pessoas - 322.263 homens e 223.390 mulheres -, que tinham entre 50 e 71 anos quando o estudo começou a ser feito, em 1995.
Desse total, 47.976 homens e 23.276 mulheres morreram durante o período de acompanhamento de dez anos.
Segundo o trabalho, homens e mulheres que consumiram mais carnes vermelhas (uma média de 62,5 gramas por cada mil calorias diárias) tiveram um maior risco de morrer por qualquer causa e por doenças coronárias e de câncer em comparação com os que ingeriram só uma média de 9,8 gramas de carne vermelha a cada mil calorias por dia.
A mesma coisa pôde ser observada entre os participantes que comeram mais carnes processadas (bacon, salsichas, presunto) em comparação com os que consumiram menos (uma média de 22,6 gramas, frente a 1,6 grama por cada mil calorias diárias).
Por sua vez, o índice de risco de mortalidade geral ou por câncer e doenças coronárias foi ligeiramente inferior entre os que comeram mais carne branca em comparação com os que se alimentaram com mais carne vermelha.
"Cerca de 11% das mortes por todas as causas nos homens e 16% nas mulheres poderiam ser evitadas reduzindo o consumo de carne vermelha" a uma média de 9,8 gramas por cada mil calorias diárias, afirma o estudo.
Os autores da pesquisa destacam que há muitos fatores pelos quais a carne pode ser associada a um aumento do risco de morte.
Cozinhar carne a altas temperaturas produz substâncias cancerígenas, e esse alimento também é uma importante fonte de gordura saturada, associada com os cânceres de mama e de cólon, lembram.
Além disso, uma menor ingestão de carne está relacionada com uma redução de fatores de risco das doenças coronárias, com os níveis de colesterol e com a pressão sanguínea. EFE

Grupo: Caio Daló, Caio Morotti, Fabricius Renó, Laura Moretti, Luigi Bianchi
Nome: biologic people
fonte: www.globo.com

Cientistas planejam criar sangue artificial com células-tronco

Cientistas britânicos lançaram nesta segunda-feira um projeto para tentar criar sangue artificial a partir de células-tronco de embriões.O estudo, previsto para durar três anos, será coordenado pelo Serviço Nacional de Transfusão de Sangue da Escócia. Os pesquisadores afirmam que a pesquisa poderá abrir caminho para uma fonte ilimitada de sangue para transfusões de emergência.O sangue artificial seria livre de contaminações por doenças difíceis de serem detectadas em exames nos sangues de doadores, como o mal da vaca louca (vCJD, que é a variante humana da encefalopatia espongiforme bovina).Os pesquisadores testarão embriões humanos descartados após tratamentos de fertilização in-vitro para encontrar aqueles destinados a se desenvolver no grupo sanguíneo O-negativo, o grupo de doadores universais.O sangue do tipo O-negativo pode ser doado para qualquer pessoa sem riscos de rejeição e é a única opção segura quando o tipo sanguíneo do paciente é desconhecido ou não pode ser determinado imediatamente.Esse tipo de sangue tem uma fonte de doadores limitada, porque somente 7% da população está dentro desse grupo sanguíneo.O projeto será financiado pelos bancos de sangue da Escócia, da Inglaterra e do País de Gales, pelo governo da Irlanda e pela ONG médica Wellcome Trust.Segundo Marc Turner, da Universidade de Edimburgo, que está coordenando o projeto, as pesquisas deverão começar nas próximas semanas.As células-tronco são células capazes de se desenvolver para criar qualquer tipo de tecido humano.Cientistas já demonstraram que é possível tomar uma única célula-tronco de um embrião humano em estágio inicial e levá-la a se desenvolver em células sanguíneas maduras em laboratório.Uma empresa americana também já conseguiu produzir bilhões de glóbulos vermelhos a partir de células de embriões, mas as pesquisas foram paralisadas após a proibição de pesquisas com células-tronco no governo George W. Bush, revista pelo novo governo americano.O desafio dos cientistas agora é como produzir as células sanguíneas em grande escala e transportar a técnica do laboratório para a beira dos leitos hospitalares, o que pode levar vários anos."Devemos ter alguma prova do princípio nos próximos anos, mas estamos provavelmente entre cinco e dez anos de distância de um tratamento realista", diz Turner. "Em princípio, poderíamos garantir um suprimento ilimitado de sangue desta maneira." Apesar do potencial, o estudo também é alvo de críticas de grupos contrários ao uso de embriões para pesquisas."Assim como várias das afirmações associadas com as céulas-tronco, estes são os primeiros passos de uma pesquisa, em vez de uma cura logo ali na esquina, e tão hipotética quanto o resto das afirmações que tentam justificar a destruição de um embrião humano pelo benefício da humanidade", afirma Josephine Quintavalle, da ONG Comment on Reproductive Ethics.Para Quintavalle, a associação de bancos de sangue britânicos à pesquisa pode ter um efeito contrário, ao levar pessoas "que defendem o direito à vida do embrião humano" a relutar em doar sangue.

fonte: http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/bbc/2009/03/23/ult4432u2102.jhtm

Grupo: Gustavo Colussi, Raphael Bernini, Raphael Mendes, Vitor Seiti

6 pragas do aquecimento global

CALOR: Verões têm sido cada vez mais quentes em quase todo o planeta.
1 . O Ártico e a Groenlândia estão derretendo
A cobertura de gelo da região no verão diminuiu ao ritmo constante de 8% ao ano há três décadas. No entanto, a temperatura na região era superior à atual nas décadas de 1930 e 1940, sendo os glaciares menores do que hoje. Em 2005, a camada de gelo foi 20% menor em relação à de 1979, uma redução de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, o equivalente à soma dos territórios da França, da Alemanha e do Reino Unido. No entanto, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida, onde 90% do gelo do planeta está acumulado; nos restantes 98%, houve um esfriamento e a Intergovernmental Panel on Climate Change (IPPC) estima que a massa da neve deverá aumentar durante este século. Mesmo um aquecimento de 3 a 6 graus tem um efeito relativamente insignificante, já que a temperatura média da Antártida é de 40 graus negativos. Igualmente, o derretimento de todo o gelo do Ártico não afetaria o nível da água nos oceanos porque se trata de gelo flutuante; o volume de água criado seria igual ao volume de água deslocado pelo gelo quando flutua.
2 . Os furacões estão cada vez mais fortes
Com o aquecimento das águas, a incidência de furacões mais intensos – de níveis 4 e 5 da escala -, dobrou nos últimos 35 anos.
3 . O Brasil na rota dos ciclones
Nem mesmo o Brasil escapa. Em 2004, o litoral sul do país foi vítima de um forte ciclone.
4 . O nível do mar subiu Desde o início do século XX, a elevação do nível do mar tem variado entre 10 e 25 centímetros. Em locais como as ilhas do Pacífico, isso significa um avanço de 100 metros na maré alta. Atualmente a ciência estima que o nível das águas suba entre 14 e 43 cm até o fim deste século.


5 . Aumento da desertificação
O quadro é alarmante: um quarto da superfície do planeta é agora de deserto. O total de áreas atingidas por secas dobrou em trinta anos. Na China, os desertos avançam 10 mil quilômetros quadrados por ano, o equivalente ao território do Líbano.
6 . Já se contam os mortos
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 150 mil pessoas morrem todo o ano vítimas de transtornos gerados pelo aquecimento global, como inundações e secas. E a previsão também não é das melhores. A expectativa é de que este número dobre até 2030.


Fonte: http://www.mundoquente.com.br/seispragas.html

Grupo: Gustavo Colussi, Raphael Bernini, Raphael Mendes, Vitor Seiti

segunda-feira, 23 de março de 2009

Polícia Federal vai criar banco de dados de DNA para combater crimes

Programa de computador foi cedido pelo FBI, a polícia federal dos EUA. Projeto vai permitir cruzar informações de 18 laboratórios no país.
Do G1, com informações do Jornal Nacional
A Polícia Federal vai criar um banco de dados nacional com amostras de DNA de criminosos, de suspeitos, de vítimas e também obtidas em locais onde ocorreram crimes. Um programa de computador vai permitir o cruzamento de milhares de dados armazenados, o que pode levar à elucidação de muitos crimes.
O programa de computador foi criado pela Polícia Federal americana, o FBI. Lá, o banco de dados já ajudou em mais de 83 mil investigações. O FBI vai ceder o programa para a Polícia Federal brasileira, que vai interligar 18 laboratórios de DNA em todo o país.
Um fio de cabelo, sangue, a saliva que fica no cigarro. De tudo isso podem ser extraídas amostras de DNA, o material que revela a identidade genética de uma pessoa. “Isso pode ser usado futuramente. Ou seja, uma pessoa acusada pode entrar nesse banco daqui a dez anos e dar positivo para um crime que aconteceu hoje”, disse o diretor-técnico da Polícia Federal, Paulo Roberto Fagundes.
Foi assim que a polícia descobriu, há cinco anos, que a sequestradora Vilma Martins não era a mãe verdadeira de Roberta Jamily, levada ainda bebê de uma maternidade. Roberta não queria fazer o exame, mas um policial de Goiânia recolheu restos de cigarro que ela havia fumado e o teste pôde ser feito. Foi também um exame de DNA que comprovou a identidade do homem que estuprou e matou a remadora do Flamengo Priscila Souza, no Rio de Janeiro, no fim do ano passado. Para o Judiciário, o banco de dados representa um avanço importante. “Vai facilitar a identificação do autor da ação criminosa, e ao mesmo tempo pode inocentar aquele que está sendo acusado indevidamente”, disse o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares Pires.

Fernanda, Helione e Karen

Cientistas planejam criar sangue artificial com células-tronco


Nesta segunda-feira, ciêntistas britânicos lançam um projeto onde tentarão criar sangue artificial através de células-tronco de embriões. Esse projeto esta previsto para durar três anos, começando nas proximas semanas, e será coordenado pelo Serviço Nacional de Transfusão de Sangue da Escócia.

Este projeto irá abrir caminho para um grande e ilimitado banco de sangue para transusões de emergência. Esse sangue será livre de contaminações difíceis de serem identificadas.

Os pesquisadores testarão apartir de embriões humanos descartados do tratamentos de fertilização in-vitro e tentarão encontrar aqueles destinados a se desenvolver no grupo sanguíneo O-negativo, o grupo de doadores universais, pois pode ser doado a qualquer tipo de pessoa sem riscos de rejeição. Esse tipo de sangue tem uma fonte de doadores limitada, porque somente 7% da população está dentro desse grupo sanguíneo.

O projeto será financiado pelos bancos de sangue da Escócia, da Inglaterra e do País de Gales, pelo governo da Irlanda e pela ONG médica Wellcome Trust.

As células-tronco são células capazes de se desenvolver para criar qualquer tipo de tecido humano. Atraves de uma única célula-tronco de um embrião humano em estágio inicial e levá-la a se desenvolver em células sanguíneas maduras em laboratório.

Uma empresa americana também já conseguiu produzir bilhões de glóbulos vermelhos a partir de células de embriões, mas as pesquisas foram paralisadas após a proibição de pesquisas com células-tronco.

O desafio dos cientistas agora é como produzir as células sanguíneas em grande escala e transportar a técnica do laboratório para a beira dos leitos hospitalares, o que pode levar vários anos.

Eles afirmas ter alguma prova do princípio nos próximos anos, mas isso provavelmente entre cinco e dez anos de distância de um tratamento realista. A princípio conseguiria garantir um suprimento ilimitado de sangue.

Esse estudo, apesar do potencial, é alvo de críticas de grupos contrários ao uso de embriões para pesquisas.

Para a associação de bancos de sangue britânicos à pesquisa pode ter um efeito contrário, ao levar pessoas ,que defendem o direito à vida do embrião humano, a relutar em doar sangue.

domingo, 22 de março de 2009

Cães - Um caso de amor

Cães

De onde nasceu o melhor amigo do homem, quais as mudanças que eles sofreram nos anos que passaram e os malefícios dessas mudanças.

“De onde eles vieram”
“Fim da última Era Glacial, 15 mil anos atrás. O Homo sapiens começava uma vida nova. Depois de passar mais de 100 mil anos vagando por todo canto, em busca de animais para caçar e vegetais para catar, aprendeu a plantar. Era o início da agricultura. Agora os homens se juntavam em vilas. Eram as primeiras cidades do mundo. E, como toda cidade do mundo, elas eram rodeadas por lixo: restos de comida, frutas podres, ossos... Mas o que a gente via como dejeto era almoço grátis para vários bichos. Entre os ratos e baratas que se aproveitavam dos restos estavam os lobos. (...) Só que o lobo tende a fugir quando pessoas se aproximam. Um comportamento antissocial que não ajuda. Desse jeito o bicho não conseguia ficar muito tempo perto de uma vila para comer nossas sobras. Isso até a lógica da evolução entrar em cena”.
“Os poucos lobos que nasciam sem ter medo de gente, começaram a se alimentar melhor, já que não fugiam toda hora. Quem come melhor fica mais saudável, vive mais e faz mais sexo. Quem faz mais sexo deixa mais descendentes e passa seus genes para frente. De carona, vão as características que fizeram o animal ter mais sucesso do que os outros. No caso dos lobos comedores de lixo, a característica mais vital era uma só: não ter medo de gente”.
“Com o tempo (pouco tempo), já havia duas classes de lobos: os totalmente selvagens, e os que viviam perto de pessoas, e ficaram mais dependentes das aglomerações humanas para sobreviver. Além de ficarem mais amigáveis esses bichos foram ganhando uma aparência bem distinta da dos lobos. Estes últimos têm corpo forte e cérebro relativamente avantajado. São duas coisas essenciais para um predador que come búfalos e prepara estratégias de caça em grupo, mas são uma bagagem inútil para um bicho que se profissionalizou em comer restos. Corpo e cérebro grandes eram desvantagem para ele, já que exigem bastante energia para funcionar. Muita energia significa muita comida (como nós, cabeçudos, sabemos bem). E quem precisava de muito mais do que os outros para viver acabava morto de fome. Roer osso, afinal, é bem menos nutritivo que abocanhar um filé de bisão. Quem levou mais vantagem, então, foram os mais mirrados e de cérebro menor”.
“E a transformação desse novo bicho não parou por aí. Continuou firme, e agora se aproveitando de uma fraqueza nossa: adorar filhotes. (...) Os olhos grandes e os traços delicados dos recém-nascidos de outras espécies nos fazem identificar neles as características dos nossos bebês. Afinal, todos nós, mamíferos, temos um único tataravô. (...) Já que somos praticamente irmão de qualquer coisa que dê de mamar, gostamos naturalmente dos filhotes deles”.
“E eles de nós também. Se você pegar para criar um filhote de leão, de urso, ou de lobo, ele vai ser uma graça no início da vida; tão brincalhão e inofensivo quanto uma criança humana. Por isso mesmo muita gente cria filhotes de animais selvagens como bicho de estimação. O problema vai ser quando ele virar bicho grande: sempre vai parecer (e ser) algo ameaçador. Você não vai querer um leão adulto no seu apartamento com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando você chegar. Nem ele vai querer estar lá”.
“Mas aqueles lobos amigáveis queriam. Então aconteceu com eles uma coisa inédita no mundo animal. Os que tiveram mais sucesso - os mais bem alimentados, mais sexualmente ativos e com mais descendentes – foram os que continuaram com jeitão de filhote mesmo depois de adultos. Eram, afinal, os que mais agradavam os humanos. Nós enxotamos os lobos mais ferozes e paparicamos os mais dóceis, que passaram a receber comidinha na boca a vida inteira. Assim eles enganaram nossos instintos”.
“E supriram os deles: essa nova espécie se separou totalmente do Canis lupus (o lobo propriamente dito). Desaprendeu a caçar para comer e se especializou em ganhar a comida de seres humanos. Em vez de formar matilhas, preferiu virar membro das nossas famílias. Desenvolveu o latido para chamar a nossa atenção. E os instintos que sobraram foram os que parecem mais agradáveis para a gente. Por exemplo: sabe quando o cachorro vai lamber a cara do dono? É porque as lobas regurgitavam a comida para seus filhotes. Os cachorros não comem da boca de suas mães, mas mantiveram esse traço de comportamento selvagem-infantil com os humanos, já que para nós a coisa parece uma tentativa de beijo – não de comer vômito. Bom, na verdade sobraram mais instintos de lobo. Para caçar, por exemplo, o lobo combina várias habilidades inatas, que estão escritas em seus genes: procurar a presa, cerca-la mata-la e trazer a carne para o resto da matilha. Cada uma é um instinto independente. E todos precisam estar em sintonia para a caçada dar certo. Mas os cães não precisam caçar. (...) Então alguns dos genes que eles herdaram dos lobos acabaram desligados. É por isso que os cães adoram perseguir e intimidar outros animais, mas não têm o instinto de mata-los”.
“À primeira vista, essas crises de identidade podem parecer inúteis. Mas aprendemos a usá-las a nosso favor. Primeiro na caça: nada mais eficiente para o homem pré-histórico que sair para caçar com u7m bicho que sabe perseguir presas como um lobo , mas que, em vez de comê-las, só ‘traz a carne de volta para a matilha’ – no caso, para os homens”.
“Por volta de 9000 a.C. surgiria aquela que provavelmente é a maior revolução na história da economia mundial até hoje: a criação de gado – que permitiu o acesso a quantidades antes inimagináveis de comida. E os instintos tortos dos cachorros foram fundamentais nesse mundo novo. Os que tinham mais jeito para cercar presas foram usados para conduzir o rebanho. Os mais agressivos eram ensinados a proteger ovelhas e bois como se fossem sua própria matilha, defendendo-os inclusive de lobos”.
“A partir daí, essas habilidades viraram o grande critério de seleção entre os cães – os que mais se davam bem entre as pessoas eram os que trabalhavam melhor em suas áreas. Com mais comida e abrigo que os outros, esses eram os que passavam seus genes adiante com mais facilidade. Depois o homem acelerou o processo por conta própria, colocando os indivíduos mais eficientes (ou mais elegantes ou mais fofos) para se reproduzir entre si. Isso dividiu a espécie dos cães em tipos bem distintos, coisa que hoje chamamos de ‘raça’. Na Roma antiga, por exemplo, já havia raças de cães de guarda, de pastores, de cachorrinhos de colo... E o bicho deixava de ser mais um animal para se tornar um membro da humanidade. Mas a história dos cachorros como os conhecemos hoje ainda nem tinha começado”.


“Linha de montagem”
“A Revolução Industrial pode ter trazido grandes mudanças para a humanidade, mas revolucionou mesmo a vida dos cães domésticos. Antes de ser pai do cachorro o homem era seu patrão. ‘Até o começo do século 19, a maioria dos cachorros tinha de trabalhar para viver’, conta Lisa Peterson, porta-voz do American Kennel Club e especialista em história canina. Guiar ovelhas, guardar a casa puxar trenós: era a função que garantia a ração. Mesmo o9s caçadores especializados da aristocracia (hounds de raposas, lobos, veados, javalis, lontras, além de farejadores e perseguidores) precisavam mostrar serviço. E assim foi até que o êxodo rural, a migração em massa do campo para as cidades, desequilibrasse as coisas. ‘Na Inglaterra, principalmente, muitos cachorros ficaram “desempregados”’ conta Lisa. Mas isso não levou a uma extinção em massa ou a um boom de cães selvagens. O que aconteceu foi uma nova peneira: assim como na pré-história os lobos mais gentis entraram nas aldeias, agora eram os cachorros mais dóceis e adaptáveis que entravam nas primeiras metrópoles. Livre das obrigações da lida rural, os cães passaram a usufruir de mimos, guloseimas e passeios. Transformado em bibelô e símbolo de status, o cachorro deixou de ser avaliado pela sua função, e passou a ser pela aparência”.
“Os primeiros dog shows, mistos de olimpíadas e concursos de beleza, foram realizados na Inglaterra na década de 1830 – alguns especialistas insinuam que seu público vinha das lutas de cachorro, proibidas em 1835. Como os prêmios eram divididos por raça (nessa época as reconhecidas eram duas dúzias), havia um estímulo para a criação de novas raças, que abocanhassem novos prêmios. E logo essa demanda ultrapassou o mundinho das passarelas: ter um cachorro diferente em casa passou a ser símbolo de status. Partindo da matriz britânica, de 1873, pelo mundo inteiro surgiram kennel clubs promovendo o desenvolvimento de variedades regionais. A International Encyclopedia of Dogs (Enciclopédia Internacional dos Cães, ainda sem versão em português) traça esse big-bang: as cerca de 20 raças existentes em 1800 dobraram para 40 em 1873, e chegaram a 70 na 1ª Guerra Mundial. Hoje, segundo a Federação Cinológica Internacional, que estabelece os padrões das raças, há cerca de 400, dos mais diferentes tamanhos, cores e formas. Mas essa busca desenfreada pela variedade, e pela beleza, acabaria levando a vários problemas”

“Cruzamos animais da mesma família para aperfeiçoar e embelezar as raças. Mas isso resultou numa explosão de doenças genéticas”.

Metamorfoses Ambulantes:

1. Buldogue

· “O Buldogue só ficou gordo e enrugado porque nós achamos bonito; na versão original, ele era bem mais atlético”.
· “Cérebro pra quê? Deixamos nossos cachorros bocudos – e com uma cabecinha bem menor”.
· Efeitos colaterais das mutações: desgaste prematuro das articulações; buraco no coração: pode levar a morte; estreitamento das vias aéreas. 32,9% dos animais podem ter dificuldade para andar.
2. Bull Terrier

· “Pode parecer difícil de acreditar mas o Bull Terrier já teve um focinho normal. Seu narigão é obra do homem”.
· “Tantas mudanças enfraqueceram os cães – uma mera infecção de pele pode ser fatal para o Bull”.
· Efeitos colaterais das mutações: Infecção de pele potencialmente letal; perda de audição nos primeiros meses de vida; inflamação crônica dos rins. 25% dos indivíduos carregam falhas no DNA.

domingo, 15 de março de 2009

Uso dos tecidos esterelizados

O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/MCT), em São Paulo, sedia, de segunda (9) a sexta-feira (13), das 9h às 18h, encontro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre banco de tecidos biológicos na América Latina e Caribe.

Profissionais da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, México, Peru, Uruguai e Venezuela discutem sobre o uso de tecidos radiam esterilizados no tratamento de pacientes queimados e das áreas de ortopedia, oftalmologia, cirurgias plástica e maxilo facial.

Na quarta-feira (11), das 14h às 18h, se realiza o 1º Fórum de Discussão Banco de Tecidos na América Latina e Caribe - Presente e Futuro.

De acordo com a avaliação da AIEA, os países da América Latina não têm uma cultura marcante de doação de tecidos. Some-se a isso a infra-estrutura ainda não completamente adequada em vários bancos. "É fundamental que os procedimentos e o processamento dos materiais estejam em conformidade com as boas práticas de produção e respeitem princípios de qualidade", explica Mônica Mathor, pesquisadora do Ipen, que coordena a linha de pesquisas sobre radio esterilização.

Muitos tecidos doados não podem ser utilizados por apresentarem contaminação. Por outro lado, a radio esterilização se apresenta como uma alternativa segura, capaz de garantir tecidos de alta qualidade para diversas aplicações clínicas, inclusive reduzindo os custos e transtornos envolvendo o uso de tecidos importados.

A AIEA pretende que todos os bancos de tecidos na América Latina trabalhem com a mesma qualidade e com procedimentos comuns, facilitando dessa forma o intercâmbio entre os países. O Brasil foi incorporado ao projeto da Agência por meio do Hospital de Clínicas de São Paulo, que já armazena peles irradiadas no Ipen. Em uma próxima etapa, começam a ser irradiados ossos.

De acordo com Monica, a maioria dos tecidos transplantáveis, tais como pele, osso, âmnion (membrana que envolve o embrião) e outros tecidos não viáveis, pode ser tratada com radiação ionizante para minimizar a possibilidade de rejeição do organismo ao tecido, matar bactérias e reduzir o risco de transferir doenças contagiosas.

O encontro se realiza na sala de seminários do Centro de Tecnologia das Radiações do Ipen e o Fórum do dia 11 é aberto a estudantes e profissionais interessados.

O Ipen é um instituto de pesquisas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Descobertas sobre células-tronco do cordão umbilical podem dar origem a novos tratamentos

As células-tronco retiradas de embriões humanos ainda são a única esperança para a cura de algumas doenças. As novas descobertas sobre o cordão umbilical terão elevada importância no tratamento de fraturas e doenças degenerativas.

Uma pesquisa da USP mostrou que o tecido do cordão umbilical é rico em células-tronco, com grande potencial terapêutico. Atualmente os bancos de coleta retiram apenas o sangue do interior do cordão e jogam no lixo o resto do material. Mas é exatamente aí, no próprio cordão umbilical, que estão as células do tipo mesenquimal, células-tronco adultas que têm o potencial de formar músculo, osso, cartilagem e gordura.

“O sangue do cordão é muito pobre nessas células, mas a parede do cordão é muito rica. Nós coletamos dez amostras de cordão umbilical. Enquanto a gente conseguiu extrair célula mesenquimal só de uma amostra no sangue, todas as amostras de cordão foram muito ricas nessas células”, explicou Zatz.

As células mesenquimais já estão sendo utilizadas em estudos com animais. Por enquanto, ainda não há tratamento utilizando as novidades trazidas pela descoberta


Ciência faz pele humana se tornar célula-tronco

Não foi preciso destruir embriões e atrair a fúria da Igreja Católica. Num avanço sem precedentes da genética, cientistas dos Estados Unidos e do Japão reprogramaram células da pele do prepúcio de um bebê para que se transformassem em estruturas idênticas às células-tronco embrionárias, capazes de se diferenciar em um dos 220 tipos de células do corpo. Na teoria, um paciente com problemas cardíacos ou diabetes, por exemplo, poderá usar células da própria pele para substituir células mortas do coração ou do pâncreas, regenerando o órgão danificado.

Em entrevista ao Correio, a cientista chinesa Junying Yu, líder do estudo realizado pela Universidade de Wisconsin-Madison, contou que ela e sua equipe mapearam mais de 100 genes e descobriram 14 combinações que poderiam reprogramar células derivadas de células-tronco embrionárias, concedendo-lhes o estado original de pluripotencialidade. "Nós selecionamos quatro desses genes e os introduzimos nas células da pele do prepúcio de um recém-nascido, que cresceram como células-tronco embrionárias", explicou. "Algumas viraram pluripotentes."

sexta-feira, 13 de março de 2009

Extrato de picão tem efeito anticancerígeno

Um extrato fitoterápico obtido da planta Bidens alba , encontrada no litoral paulista e popularmente conhecida como picão, revelou, em estudos in vitro , eficiência para tratamento de três tipos de câncer e cinco tipos de leucemia. A planta, estudada pela botânica Maria Tereza Grombone Guaratini, vem sendo pesquisada por médicos, químicos e farmacêuticos do Centro Integrado de Pesquisas Onco-hematológicas da Infância (Cipoi), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em seu pós-doutoramento para o Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (Biota), financiado pela Fapesp, Grombone pesquisou a variabilidade genética de outra espécie da família Asteraceae, a Bidens pilosa (picão-preto), praga da soja conhecida por propriedades antimicrobianas e antiulcerogênicas. Nesse estudo, ela identificou, por meio de técnicas moleculares, a Bidens alba , originária do México e possivelmente trazida para o litoral paulista através do porto de Santos, percebendo que a composição química dessa espécie ainda não havia sido descrita. Amostras do extrato de Bidens alba foram enviadas ao Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, onde foi observado que, aplicado em camundongos com úlcera gástrica, o líquido da planta formava uma proteção da mucosa estomacal. O processo de obtenção da composição teve sua patente internacional depositada em 2006. Para descobrir se o extrato fitoterápico apresentava também efeitos anticancerígenos, Grombone passou a trabalhar juntamente com o médico Alexandre Eduardo Nowill, o farmacêutico Gilberto Carlos Franchi Júnior, ambos do Cipoi, e com a química Carmen Lucia Queiroga, do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA), também da Unicamp, que separou quimicamente o extrato. Em seguida, Franchi começou uma série de testes para checar a eficácia do extrato e de grupos químicos sobre neoplasias in vitro . “Fizemos testes in vitro para cinco tipos de leucemia e para três tipos de adenocarcinoma (câncer): de próstata, de ovário e de mama. Em todas as investigações, as frações selecionadas se mostraram eficazes, inibindo o crescimento das células cancerígenas”, diz o farmacêutico.


O picão ( Bidens alba ), originário do México e encontrado no litoral paulista, mostrou-se eficaz na inibição do crescimento de células cancerígenas (fotos: Gilberto Franchi).

Testes in vivo
Atualmente, novos testes in vitro estão sendo realizados. A próxima etapa incluirá testes in vivo , ou seja, com animais que apresentem tumores e leucemias. Franchi alerta para a responsabilidade de se lançar um novo fármaco no mercado: “Muitos quimioterápicos utilizados em diversas neoplasias são derivados de plantas. Substâncias químicas produzidas a partir desses vegetais são habilmente separadas e nomeadas por químicos e encontram-se nas prateleiras de todos os hospitais que tratam o câncer”.

O cientista considera muito boas as perspectivas para o desenvolvimento de fármacos à base do extrato de Bidens alba . “O caminho da pesquisa na busca de um novo fármaco deve ser pavimentado com paciência e muita responsabilidade até que se chegue a um composto final”, conclui.

Menina vê pela 1ª vez após tratamento com células-tronco

05/03/2009 - 16h16
Menina vê pela 1ª vez após tratamento com células-tronco


da BBC Brasil


Uma menina britânica de dois anos de idade que nasceu cega teve sua visão reparada graças a um tratamento com células-tronco.


A britânica Dakota Clarke, da cidade de Newtownabbey, na Irlanda do Norte, nasceu com displasia septo óptica, uma deficiência rara no nervo ótico que provoca cegueira.


Ela foi submetida a um tratamento no hospital de Qingdao, na China. Segundo a família, que arrecadou dinheiro por meio de doações para a operação na China, o tratamento e a cirurgia não são realizados na Grã-Bretanha.


O tratamento, que custa mais de US$ 40 mil, utiliza células-tronco retiradas do cordão umbilical da criança e injetadas na corrente sanguínea e corrigem as células danificadas.


Após o tratamento, Dakota Clarke conseguiu ver contornos e cores dos objetos e distinguir luzes à sua volta.


O método, conhecido como IV, foi desenvolvido pela empresa americana de biotecnologia Beike Biotech, que realiza tratamentos em 24 hospitais na China.


"Nós não achávamos que o método IV sozinho seria capaz de realizar tantos benefícios. Mas a experiência no caso de Dakota está nos fazendo repensar completamente o uso do IV", disse o diretor de comunicação da Beike Biotech, Jon Hakim, ao jornal britânico Daily Telegraph.
Os pais de Dakota, Darren e Wilma, disseram no blog que mantêm sobre a filha, que o tratamento tem funcionado como um 'milagre'.


Segundo o jornal "Daily Telegraph", apenas cerca de 15 pessoas passaram por este tipo de tratamento, que ainda é considerado experimental.


O jornal afirma que na Grã-Bretanha muitos médicos criticam o método, por não se saber se os efeitos do tratamento são duradouros.

terça-feira, 10 de março de 2009

Grupo:Luiz Pedro,Marcel,Daniel Hideki,Gustavo de Souza.2º A

18/02/2009 - 08h21
Terapia celular gera tumor cerebral em garoto, diz estudo

CLÁUDIA COLLUCCIJULLIANE SILVEIRA FLÁVIA MANTOVANI da Folha de S.Paulo

Um estudo israelense relacionou, pela primeira vez, o surgimento de um tumor cerebral em um garoto a um tratamento com células-tronco que ele havia feito cinco anos antes na Rússia. O trabalho demonstrou, por meio de marcadores celulares, que o câncer desenvolvido pelo menino veio das células implantadas.
Para pesquisadores brasileiros, o estudo é muito importante porque mostra os riscos da terapia com células-tronco realizada fora de protocolos científicos de pesquisa. No Brasil, alguns pacientes têm viajado ao exterior, especialmente à China, em busca dessas terapias.
O garoto cujo caso clínico foi relatado na pesquisa é de Israel e tem origem marroquina. Ele é portador de ataxia-telangiectasia, uma doença neurológica degenerativa, que leva a tremores, paralisia e morte.
A autora do estudo, Ninette Amariglio, do Sheba Medical Center (Israel), disse à Folha que os pais do garoto, que moram em Israel, foram advertidos para os riscos do tratamento na Rússia.
"Nós dissemos que eles não deveriam ir para lá, pois a terapia ainda não foi suficientemente testada. Na Rússia, eles usam a terapia com células-tronco basicamente para fins cosméticos [antienvelhecimento], em adultos e pessoas mais velhas. Não havia sido feito teste em crianças."
Amariglio explica que, além de desenvolver o câncer, o garoto não teve nenhuma melhora nos sintomas da doença. "Precisamos considerar que o caso se refere a uma criança e que qualquer célula que colocamos em uma criança vai crescer de maneira diferente do que em adultos. O corpo está em desenvolvimento, todo o organismo ainda está crescendo, não há 'freios'. Em adultos talvez seja menos perigoso."

Origem do tumor

O geneticista Carlos Alberto Moreira Filho, professor da Faculdade de Medicina da USP, explica que, embora a ataxia-telangiectasia também possa causar câncer, especialmente leucemia e tumores cerebrais, o estudo não deixa dúvidas de que o tumor do menino se originou das células transplantadas. "Eles conseguiram demonstrar que o garoto havia recebido células-tronco de dois fetos diferentes e que foram elas que deram origem ao tumor cerebral."
Segundo Moreira Filho, ainda não há segurança para o uso da terapia celular na prática clínica. "Fizemos alguns experimentos in vitro que mostraram que até células de cordão umbilical, quando você tenta multiplicá-las, podem expressar antígenos tumorais."
Para a geneticista Lygia da Veiga Pereira, professora da USP, sob o ponto de vista científico, a terapia com células-tronco recebida pelo garoto na Rússia não pode nem ser considerada. "Não sei quais células foram injetadas, se elas foram cultivadas ou não ou a que tipo de manipulação essas células foram submetidas."
Pereira avalia que o estudo é importante porque mostra os riscos envolvidos em um tratamento com células-tronco não consagrado pela comunidade médico-científica. "É um perigo recorrer a essas clinicazinhas que oferecem tratamento com células-tronco pela internet. É muito charlatanismo."
Tanto ela quanto a geneticista Mayana Zatz, também da USP, ponderam que o estudo não pode servir de desestímulo para o desenvolvimento de pesquisas com células-tronco. "Tudo pode ser perigoso se for feito de maneira irresponsável", diz Pereira.
Ninette Amariglio, de Israel, concorda: "Pesquisadores precisam monitorar e acompanhar esses pacientes de maneira muito cuidadosa. Eles devem manter essa história como exemplo, não devem parar de pesquisar, mas devem pesquisar mais atentos, o que não aconteceu na Rússia, onde ocorre o turismo médico."
Na avaliação de Salmo Raskin, presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica, a importância do artigo está em mostrar que os cientistas ainda têm muito a aprender sobre células-tronco não adultas.
"O caso confirma que as suspeitas de que células-tronco podem originar tumores em humanos não são mais suspeitas e que precisamos pesquisar muito para descobrir como reverter isso. As regulações que estão sendo feitas hoje estão corretas. Infelizmente, as pessoas não podem querer que essas terapias estejam disponíveis amanhã", afirma.
Raskin diz que entende a atitude dos pais em buscar qualquer tratamento existente, mesmo que ainda não tenha o embasamento adequado. "É compreensível que pais desesperados topem qualquer coisa. O que não compreendo é um médico topar qualquer coisa."

segunda-feira, 9 de março de 2009

Felipe M., Gustavo S., Henrique N., Vitor N. 2B

Seqüenciamento do genoma da bactéria do cólera


Vibrio cholera é a bactéria causadora do cólera, uma perigosa infecção intestinal. Alojada no intestino, a bactéria produz uma toxina que provoca diarréia abundante, dores abdominais e cãibras, podendo ocorrer a morte por desidratação. Normalmente encontram-se um cromossomo e um plasmídeo.
O cromossomo é uma longa e enovelada molécula de DNA. O plasmídeo é um DNA circular relacionado com a transmissão hereditária. A bactéria Vibrio cholera apresenta dois cromossomos, além do plasmídeo, que foram totalmente seqüenciados. O cromossomo 1 apresenta 2.961.146 bases e o 2, 1.072.314. O próximo passo será a localização do gene causador da toxina, que poderá ser inativado.

Arroz transgênico supre a falta da vitamina A


O betacaroteno é a provitamina A, um precursor da vitamina A que, no organismo humano, atua na formação de pigmentos visuais e na manutenção da estrutura epitelial normal. A carência dessa vitamina provoca a cegueira noturna e a xeroftalmia (ressecamento da córnea), além da pele seca e escamosa. No arroz normal o betacaroteno aparece na casca, que é retirada quando o arroz é beneficiado. Populações da Ásia que se nutrem de uma dieta rica em arroz apresentam baixos níveis de vitamina A.
A engenharia genética obteve um arroz transgênico que recebeu genes da planta narciso, permitindo a produção do betacaroteno no endosperma (parte central do grão). Desse modo, mesmo beneficiado, o arroz transgênico, chamado de dourado, fornece a provitamina A ao homem.

Planta transgênica produz hirudina


A sanguessuga é um verme que produz a hirudina, substância que impede a coagulação do sangue. Por causa dessa propriedade, as sanguessugas são usadas pela medicina, desde o Império Romano, para provocar sangrias. O gene produtor da hirudina foi isolado e introduzido no genoma de Carthamus Tinctorius, uma planta oleaginosa. A planta transgênica obtida passou a produzir a hirudina. A heparina é um anticoagulante usado no tratamento das tromboses (formação de coágulos sangüíneos). O fato é que essa substância provoca alergia em muitos pacientes. A vantagem da hirudina consiste em não causar alergia às pessoas.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Brasil testará vacina contra câncer de ovário

da Folha de S.Paulo
O Brasil começará a testar em humanos uma vacina contra o câncer de ovário em seis meses, segundo o governo federal. O medicamento será usado para evitar que o tumor reapareça após a cirurgia.
O projeto, anunciado ontem no Instituto Butantan, em São Paulo, é um dos principais objetivos da Rede Brasileira de Pesquisa sobre o Câncer. O investimento público será de R$ 5 milhões por ano.
A vacina que será testada virá dos Estados Unidos, onde já é experimentada em pacientes com câncer de pulmão. A transferência da tecnologia será feita pelo Instituto Ludwig. "O tumor de ovário foi o escolhido no Brasil porque ele é frequente e agressivo", diz Anamaria Camargo, pesquisadora do Ludwig em São Paulo e uma das coordenadoras da rede de pesquisa federal.
A droga americana será testada no país em combinação com um outro produto, produzido pelo Butantan. O chamado adjuvante (que aumenta a eficiência da vacina) está aprovado nos testes de laboratório.
"Estamos prontos para começar os testes em humanos. Em relação à vacina, precisamos saber se ela funciona com a população brasileira", diz Paulo Lee Ho, diretor do Centro de Biotecnologia do Butantan.
Além dos testes clínicos e de análises epidemiológicas da doença, a rede federal de pesquisa do câncer vai investigar ainda a genética dos tumores.
"Os [primeiros] sequenciamentos de uma amostra normal e de outra com tumor de mama ficarão prontos até junho", afirma Ana Tereza Vasconcelos, do Laboratório Nacional de Computação Científica.
Com a união das duas linhas de estudo, a do laboratório e a dos testes clínicos, os cientistas esperam cercar com mais precisão os vários tumores.

Postagem realizada pelo grupo: Pré - Biologos

Cientistas encontram peixe transparente nas águas profundas da Califórnia

Califórnia - Cientistas do Aquário de Monterrey capturaram nas águas profundas da Califórnia um peixe que tem o topo da cabeça transparente e narizes no lugar dos olhos. Reportagem e foto divulgados pela National Geographic revelam a curiosa criatura de 15 centímetros que, num primeiro momento, parece de outro planeta.

A cabeça lembra a cabine de um jato. Dentro, ficam os dois olhos cilíndricos, revestidos por membrana esverdeada super sensível, que capta o resto de luz que chega às águas profundas. As pequenas aberturas acima da boca não são olhos, são órgãos olfativos.
O exemplar foi capturado a 600 metros de profundidade. A espécie Macropinna microstoma foi identificada em 1993, mas os peixes sempre chegavam à superfície mortos, com a delicada e macia cabeça transparente danificada pelas redes de pesca.
Imagens feitas por robôs mostram que o peixe passa a maior parte do tempo parado, com os olhos voltados em direção à superfície. O peixe é especialista em "roubar" peixes capturados de medusas e caravelas (primos maiores das águas-vivas). Com seus olhos que giram em várias direções e as nadadeiras horizontais, ele consegue navegar entre os perigosos tentáculos.




Postagem realizada pelo grupo: Pré - Biologos


Café em excesso pode afetar fertilidade, diz estudo

Caroline ParkinsonDe Barcelona para a BBC

Uma pesquisa de uma universidade da Holanda afirma que café em excesso pode reduzir as chances de gravidez em mulheres que já têm problemas de fertilidade. Os cientistas da Universidade Radboud, em Nijmegan, pesquisaram 9 mil mulheres que tinham recebido fertilização in vitro para ver se engravidavam naturalmente. Cerca de uma em cada sete conseguiu. Mas a pesquisa mostrou que as chances de concepção diminuíram em cerca de 26% entre as mulheres que bebem mais de quatro xícaras de café por dia. Os pesquisadores estudaram todas as mulheres que tinham recebido o tratamento de fertilização in vitro na Holanda entre os anos de 1985 e 1995. Eles descobriram que 16% das mulheres acabaram concebendo naturalmente e 45% dentro de seis meses do último tratamento. Especialistas afirmam que as descobertas se aplicam apenas a mulheres com baixa fertilidade, que querem maximizar suas chances de gravidez. Bea Linsten, que liderou a pesquisa, afirmou em uma conferência que as pacientes precisam ser aconselhadas sobre formas de aumentar as chances de uma gravidez natural. "Temos que lembrar nossas pacientes de que elas podem influenciar suas chances de uma gravidez espontânea depois do (tratamento de) fertilização in vitro com um estilo de vida saudável", afirmou ela na conferência da Sociedade Européia para Reprodução Humana e Embriologia, em Barcelona.

Postagem realizada pelo grupo: Pré - Biologos
Nova técnica pode acelerar regeneração de tecidos
9 de janeiro de 2009


Cientistas do Imperial College of Science, em Londres, desenvolveram uma técnica capaz de induzir o organismo a intensificar sua capacidade de autorregeneração dos tecidos. A descoberta, anunciada na edição desta sexta-feira da revista científica Cell Steam Cell, pode, futuramente, ser utilizada para reparar tecidos danificados por ataques cardíacos ou fraturas de ossos.
O corpo humano já possui um processo de regeneração por meio dos vários tipos de células-tronco liberadas pela medula óssea em caso de ferimentos ou lesões. O problema é que nem sempre o processo alcança 100% de sucesso. "O corpo se autorregenera com o tempo, mas, quando os danos são severos, há limites para o que ele consegue fazer sozinho", explicou à revista Sara Rankin, uma das autoras do estudo.
Os cientistas do Imperial College injetaram em ratos de laboratório a proteína VEGF, que está presente na medula óssea humana e participa do processo de crescimento. Como resultado, os pesquisadores notaram que a concentração de células-tronco na corrente sanguínea dos animais aumentou em mais de cem vezes.
"Ao liberar uma quantidade extra de células-tronco, como fizemos com os ratos, esperamos obter um número extra de quaisquer células de que o corpo necessite para estimular a capacidade de autorregeneração e acelerar o processo de reparação", disse Sara.
Os testes clínicos com humanos devem começar somente daqui a dez anos, mas os cientistas já esperam, também, que a descoberta ajude a atenuar doenças em que o sistema imunológico ataca erroneamente os próprios tecidos do organismo, como a artrite reumatoide.



Postado pelo grupo: Pré - Biologos

Pesquisadores criam porcos transgênicos em avanço para transplantes

Suínos foram modificados geneticamente e órgãos causam reação mais fraca.
Da BBC
Pesquisadores de uma universidade em Munique, no sul da Alemanha, conseguiram criar porcos geneticamente modificados cujas células provocam uma reação relativamente fraca do sistema imunológico, quando em contato com o organismo humano.
O experimento abre caminho para um possível transplante de órgãos de suínos em pessoas.
O novo tecido suíno geneticamente modificado apresenta proteção contra células que compõem o sistema imunológico humano.
Os pesquisadores trocaram um tipo de molécula na superfície das células de porco por um substituto de origem humana.
Passo importante
Os mecanismos naturais de defesa do organismo tornam impossível até agora o transplante de órgãos animais em humanos.
Normalmente, células de defesa destruiriam em poucos dias um órgão de porco implantado em uma pessoa, segundo Elisabeth Weiss, imunologista da Universidade Ludwig Maximilians, de Munique.
Ela é integrante da equipe que desenvolveu o projeto, cujos resultados foram publicados na edição de janeiro da publicação científica Transplantation.
Nas experiências com o novo tecido, foi verificada uma reação do sistema imunológico humano que pode ser tratada por meio de medicamentos.
Os órgãos suínos geneticamente modificados dessa forma ainda não são próprios para transplantes. Os cientistas ainda têm que vencer outras barreiras imunológicas do corpo humano.
Mas, de acordo com Weiss, a modificação que já foi feita nas células dos porcos constitui um passo importante para que um dia órgãos de porcos possam ser usados em humanos.
"Ainda é um caminho longo até que os órgãos possam ser aproveitados", reconheceu a pesquisadora. "Mas acho que, no caso de alguns órgãos, a idéia já não é mais um sonho de ficção científica."
Desde os anos 90 a ciência tenta tornar porcos doadores de órgãos apropriados para humanos, lembrou Elisabeth Weiss.
"Porcos comem de tudo, como a gente, e seus órgãos têm mais ou menos as mesmas dimensões que os nossos."
30/01/2009

Fracassa produção de células-tronco com embriões híbridos de humano e animal

Pesquisadores tentaram aproveitar abundância de óvulos de animais.No entanto, células não conseguem reprogramar direito o DNA humano.
Da Reuters
Pesquisadores que tentaram usar óvulos de camundongo, vaca e coelho para criar clones humanos afirmam que o esforço não foi suficiente para produzir embriões. Segundo Robert Lanza, pesquisador da empresa americana Advanced Cell Technology, os óvulos de animal não conseguem reprogramar de forma adequada o DNA humano.

Várias equipes já tentaram transformar híbridos de pessoas com animais numa fonte de células-tronco embrionárias, que funcionam como células-mestras do organismo, podendo se transformar em qualquer tipo de tecido. Como os óvulos humanos são escassos -- é preciso um procedimento cirúrgico para obtê-los de uma mulher, alguns cientistas tiveram a idéia de aproveitar óvulos de animais. A técnica de clonagem é conhecida como transferência nuclear de célula somática. O núcleo é retirado do óvulo e substituído pelo núcleo de outro tipo de célula, obtido do animal ou da pessoa que vai ser clonada. Se tudo der certo, o processo faz com que o óvulo comece a crescer e a se dividir, como se tivesse sido fertilizado por um espermatozóide, mas o embrião resultante carrega o DNA do doador, exceto por pequenas quantidades de material genético nas mitocôndrias, as usinas de energia das células, as quais permanecem no óvulo. No entanto, de acordo com Lanza, após centenas de experimentos, o processo não conseguiu levar os embriões híbridos à fase desejada, na qual é possível extrair células-tronco. Observando os genes dos clones "mistos", os pesquisadores descobriram que a fonte do problema é a reprogramação errada do DNA do doador, serviço que fica a cargo do óvulo. Eles esperam que seja possível vencer esse obstáculo usando óvulos também humanos -- é o que indicam alguns testes preliminares.
03/03/09
Dupla: Caio Henrique Prado Fonseca e Walker Rosa de Souza

Postagem: 04 de março de 2009

Gordura atrai gordura

19/2/2009

Por Carlos Fioravanti

Revista Pesquisa FAPESP – Quem aprecia uma picanha malpassada e principalmente a camada branca de gordura que a envolve talvez se inquiete. Um tipo de gordura – os ácidos graxos saturados de cadeia longa, encontrados principalmente em carnes vermelhas – pode ser uma das causas da obesidade.

De acordo com experimentos realizados em camundongos, essas moléculas acionam uma inflamação no hipotálamo, na base do cérebro, que leva à destruição dos neurônios que controlam o apetite e a queima de calorias.

“Talvez tenhamos encontrado uma explicação para a dificuldade de as pessoas obesas controlarem a fome e perderem peso, mesmo que adotem dietas severas para emagrecer”, diz Lício Velloso, pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que coordenou esse estudo, publicado em janeiro no Journal of Neuroscience.

Os estudos anteriores da equipe de Velloso e de outros grupos já haviam mostrado que a obesidade era uma doença que começava no cérebro ou nos músculos, induzida por dietas com excesso de açúcares ou de gorduras. Esse excesso gerava resistência ao hormônio insulina, que carrega a glicose para as células, onde é transformada em energia, e induz ao consumo contínuo de alimentos.

Testes com animais já haviam mostrado que dietas ricas em gordura em geral danificavam o hipotálamo mais intensamente que as ricas em açúcares. Para ver qual tipo de gordura era mais danoso, os pesquisadores da Unicamp injetaram diferentes tipos de ácidos graxos de origem animal ou vegetal no hipotálamo de camundongos.

Os encontrados no óleo de soja mostraram um efeito tênue sobre o cérebro, enquanto os encontrados em gorduras animais e em proporção menor no óleo de amendoim apresentaram ação mais danosa.

Gordura atrai gordura

As moléculas de ácido graxo saturado se ligam a proteínas de superfície chamadas TLR-2 e TLR-4

Fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/10132/noticias/gordura-atrai-gordura.htm