Um estudo realizado pelo Grupo de Apoio ao Tabagista (GAT) do Hospital do Câncer A. C. Camargo, em São Paulo, destaca que, psicologicamente, o tabaco gera nas mulheres efeitos mais intensos quando comparado aos homens, causando dificuldades adicionais para o abandono do vício.Uma das hipóteses é que isso ocorra porque as mulheres são mais sujeitas aos sintomas de depressão e ansiedade. Segundo os pesquisadores, cerca de 90% das fumantes iniciam seu hábito na adolescência, a partir dos 13 anos de idade, devido a fatores como pressão social e imitação do grupo.
levantamento feito com 6 mil pacientes em tratamento concluiu ainda que, em cerca de 50% dos casos, entre homens e mulheres, a dependência do cigarro é exclusivamente psicológica. Apenas 20% dos pacientes apresentaram dependência grave de nicotina e 30% são dependentes leves ou moderados da substância.Entre os males causados pelo cigarro à saúde da mulher está o aumento dos riscos de câncer de pulmão, uma vez que o tabaco é responsável por 98% dos casos, de acordo com o trabalho, além do aumento de outros tipos de cânceres como o de boca, esôfago, laringe, faringe e garganta.Os autores da pesquisa destacam que muitas mulheres associam parar de fumar com ganho de peso. "O ganho é relativamente pequeno (cerca de 4 quilos), sendo evitável em caso de tratamento com auxílio de especialista. O maior problema é que elas não apenas temem engordar ao cessarem o vício, como também a maioria começa a fumar por ouvir dizer que esse hábito emagrece", destaca a psiquiatra e coordenadora do GAT, Célia Lídia da Costa.Além de sinais estéticos e sociais como o envelhecimento precoce por alterações microvasculares da pele, outras consequências são o aumento da taxa de infertilidade, alterações menstruais e doenças cardiovasculares.Os riscos são ampliados quando o tabaco está associado ao uso de métodos anticoncepcionais, podendo causar problemas na gravidez e interferir diretamente na saúde e no peso do bebê, pois o tabaco diminui a chegada de nutrientes pela placenta.
Grupo: Gustavo colussi, Raphael Bernini, Raphael Mendes e Vitor Seiti
fonte:http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2009/03/25/ult4477u1459.jhtm
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