Não foi preciso destruir embriões e atrair a fúria da Igreja Católica. Num avanço sem precedentes da genética, cientistas dos Estados Unidos e do Japão reprogramaram células da pele do prepúcio de um bebê para que se transformassem em estruturas idênticas às células-tronco embrionárias, capazes de se diferenciar em um dos 220 tipos de células do corpo. Na teoria, um paciente com problemas cardíacos ou diabetes, por exemplo, poderá usar células da própria pele para substituir células mortas do coração ou do pâncreas, regenerando o órgão danificado.
Em entrevista ao Correio, a cientista chinesa Junying Yu, líder do estudo realizado pela Universidade de Wisconsin-Madison, contou que ela e sua equipe mapearam mais de 100 genes e descobriram 14 combinações que poderiam reprogramar células derivadas de células-tronco embrionárias, concedendo-lhes o estado original de pluripotencialidade. "Nós selecionamos quatro desses genes e os introduzimos nas células da pele do prepúcio de um recém-nascido, que cresceram como células-tronco embrionárias", explicou. "Algumas viraram pluripotentes."
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