quarta-feira, 6 de maio de 2009

Células-tronco que atuam contra doença que causa cegueira.

Células-tronco que atuam contra doença que causa cegueira.
24/4/2009
Estadão Online Vida Cientistas britânicos desenvolveram o primeiro tratamento mundial contra a causa mais comum de cegueira - a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) - a partir do uso de Células-tronco, que poderia começar a ser aplicados até 2015. O tratamento é obra de oftalmologistas do University College London (UCL) e do hospital Moorfields de Londres, e consiste em substituir a camada de células oculares que sofreram um processo degenerativo, por causa da idade, por células novas obtidas a partir da manipulação de Células-tronco embrionárias.A DMRI é uma doença ocular causada por degeneração, danos ou deterioração da mácula, uma camada amarelada de tecido sensível à luz que se encontra no centro da retina e que proporciona a acuidade visual que permite ao olho notar detalhes.O tabagismo, a idade avançada, antecedentes familiares, o alto nível de colesterol no sangue e a hipertensão arterial são os fatores que mais comumente causam DMRI, um problema que afeta 30 milhões de pessoas no mundo.Estima-se que um em cada dez indivíduos afetados acabe sofrendo uma cegueira absoluta.O professor Peter Coffey, do Instituto Oftalmológico da UCL, afirmou que um quarto da população com mais de 65 anos sofre de diferentes graus de DMRI, e assegurou que os exames realizados até agora no laboratório tiveram um resultado satisfatório.Há uma camada de células na parte posterior do olho que são o suporte da parte do olho que vê, a retina. Essa camada de células começa a se degenerar e morre, e o resultado é que a pessoa fica cega porque a parte da retina que nos ajuda a ver já não tem o respaldo do qual necessita, explicou o cientista.O que estamos estudando é se podemos voltar a colocar células para regenerar essa camada, acrescentou o professor.Os cientistas da UCL e do hospital Moorfields, que trabalham agora para produzir células que possam ser utilizadas clinicamente com o anunciado financiamento da farmacêutica Pfizer, esperam fazer os primeiros testes a partir de 2011, assim que tiverem autorização das autoridades médicas do Reino Unido.

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