sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Iluminação natural em sala de aula melhora aprendizado e saúde dos alunos

Triplo benefício

Explorar a iluminação natural nas escolas da rede pública de ensino é plenamente possível. Além de reduzir o consumo de energia elétrica, ela também favorece o desempenho dos estudantes e a sua saúde.

O arquiteto Dimas Bertolotti usou as dimensões estabelecidas pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) para uma sala de aula das redes estadual e municipal e, em escala, projetou uma maquete de maneira que se priorizasse o bom uso da luz natural dentro dela, de forma viável e com baixo custo. O modelo tinha um décimo das medidas reais, ou seja, 72 centímetros de largura e de profundidade e 30 centímetros de altura, pesando cerca de oito quilos.

"Trata-se de um projeto simples, que também pode ser adaptado nas salas de primeiro e segundo grau já existentes, no estado de São Paulo", comenta o arquiteto.

Estratégias de iluminação

Bertolotti estudou as melhores maneiras de potencializar o uso da luz natural nas escolas, analisando casos bem-sucedidos em outros países, especialmente nos Estados Unidos. "No Brasil ainda não há grande conscientização sobre o tema", lamenta o pesquisador.

Chegou-se então a algumas estratégias: orientar a construção na direção norte-sul; evitar a entrada da radiação direta do sol, que podem causar o efeito chamado "ofuscamento", no qual a quantidade exagerada de luz prejudica a visão; limitar a visão direta do céu e combinar a iluminação artificial com a natural.

Benefícios da iluminação natural

Utilizando sensores de medição de luz dentro da maquete, posicionada no campus da Cidade Universitária em um dia de verão, o pesquisador coletou dados sobre a incidência de luz natural ao longo do dia dentro da sala de aula.

Com o auxílio de um programa de simulação por computador deduziu-se que, com o projeto apresentado, a economia de energia elétrica nas salas de aula seria de 65% a 82% ao ano, dependendo da utilização ou não de sensores de luz, que acendem a luz artificial caso a luz natural não seja suficiente para iluminar a sala.

Além disso, estudos comprovam que a luz solar bloqueia a produção de melatonina, hormônio que propicia o sono. Dessa forma, as pessoas sentem mais disposição e tornam-se mais produtivas. Isso resulta na melhora do desempenho escolar e do humor e aumenta a freqüência de presença nas aulas. A luz natural também auxilia no crescimento e diminui as chances de ocorrência de cáries dentárias. Tudo isso contribui para um ambiente de estudo e trabalho mais saudável para estudantes e professores e para a redução do consumo de energia elétrica.

Proposta

Ainda não se sabe se o projeto será incorporado nas escolas do estado, "mas seria uma ajuda eficaz para a melhora das salas do ensino público", conclui o arquiteto, que apresentou em abril de 2007 a maquete na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP como parte de sua dissertação de mestrado Iluminação natural em projetos de escolas: uma proposta de metodologia para melhorar a qualidade da iluminação e conservar energia.

Melatonina - uma nova fonte da juventude?


Hormônio da juventude

A melatonina pode reduzir a velocidade com que surgem os efeitos do envelhecimento. Uma equipe de pesquisadores da universidade francesa Pierre et Marie Curie descobriu que um tratamento baseado na melatonina pode retardar os primeiros sinais do envelhecimento em um pequeno mamífero.

Os resultados foram publicados na revista científica PLoS ONE.

Mais conhecido como o hormônio da "manutenção do tempo", a melatonina é um neuro-hormônio secretado naturalmente pelo corpo durante a noite. Ele é uma espécie de sinal biológico para a chegada da noite, permitindo que o organismo sincronize seu funcionamento com o passar do dia e da noite.

Primeiros sinais do envelhecimento

Elodie Magnanou e seus colegas estudaram os efeitos de longo prazo da melatonina utilizando como modelo animal o musaranho-de-dentes-brancos, um pequeno mamífero insetívoro de hábitos noturnos.

Sob condições normais, este animal apresenta os primeiros sinais do envelhecimento após os 12 meses de idade, principalmente através da perda do ritmo circadiano em suas atividades.

Administrando melatonina continuamente ao animal, começando um pouco antes dos 12 meses de idade, os pesquisadores verificaram que os primeiros sinais do envelhecimento foram retardados em pelo menos 3 meses, o que é considerável levando-se em conta a expectativa de vida do musaranho.

Efeitos benéficos da melatonina

Os cientistas já relataram vários efeitos benéficos da melatonina, incluindo seu papel como antioxidante, antidepressivo e ajudando a resolver problemas relacionados ao sono.

O próximo passo da pesquisa será entender o mecanismo de ação do hormônio no processo de envelhecimento. Isto terá que ser feito antes que o tratamento possa ser avaliado em humanos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Doença de Parkinson e pesticidas
Precisando de mais motivos para consumir Orgânicos?
Segundo um estudo publicado em 15 de Abril, no American Journal of Epidemiology, a exposição crônica combinada aos pesticidas "maneb" (fungicida) e "paraquat" (herbicida), aumentou em até 75% o risco de desenvolver Doença de Parkinson, em residentes da região agrícola de Central Valley, na Califórnia. A exposição na infância aumentou de 4 – 6 vezes o risco de desenvolver a doença na vida adulta.

A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, que compromete a capacidade motora, linguagem e outras funções. Ocorre com maior frequência em fazendeiros e em populações rurais, contribuindo para a hipótese de que os pesticidas utilizados na agricultura possam ser parcialmente responsáveis.

Os pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), da Universidade de Berkely e Universidade do Sul da Califórnia (USC), avaliaram 368 moradores da região de Central Valley diagnosticados com Doença de Parkinson. Os autores documentaram um risco 75% maior de apresentar D. de Parkinson em indivíduos que residiam nas proximidades (até 500 metros) de plantações tratadas com os pesticidas no período de 1974 -1999. O risco foi ainda maior (4-6 vezes) para aqueles que desenvolveram a doença antes dos 60 anos e foram expostos ao "maneb", "paraquat" ou uma combinação dos dois, entre 1974 e 1989, quando eram ainda crianças ou adolescentes. Os estudiosos destacam que a pesquisa confirma as observações de estudos com animais, onde a exposição a mais de uma substância química aumenta os efeitos adversos, e de que a época da exposição também influencia os resultados (pior na infância). Os autores concluem que o "maneb" e o "paraquat" agem sinergisticamente, tornando-se neurotóxicos e aumentando significativamente o risco de desenvolver D. de Parkinson.

Segundo o relatório:

• Há associações entre exposição a pesticidas e ocorrência de tumores, incluindo câncer de cérebro, dos rins, pâncreas e de próstata, entre outros.
• Também há relação com leucemia e linfoma não Hodgkin.
• Os estudos também demonstram efeitos consistentes em relação a dano no sistema nervoso central.
• Exposição ocupacional à substânicas agrícolas pode estar associada à malformações congênitas, morte fetal e retardo de crescimento intrauterino.

O relatório também alerta sobre o EFEITO DOS PESTICIDAS EM CRIANÇAS:

• As crianças são constantemente expostas a baixos níveis de pesticidas nos seus alimentos e meio ambiente. São poucos os estudos de longo prazo sobre essas exposições.
• Mesmo assim, o relatório identificou associações entre exposição à pesticidas e câncer na infância. Um risco mais elevado de câncer dos rins foi associado ao contato com pais que foram expostos trabalhando na lavoura. Outros estudos encontraram relação com câncer no cérebro e tumores hematológicos (linfoma não Hodgkin e leucemia).
• Algumas crianças apresentam risco maior de desenvolver leucemia aguda, se expostas durante a vida fetal ou infância precoce, principalmente quando a exposição é relacionada à inseticidas e herbicidas utilizados em gramados, jardins e árvores frutíferas, e também para o controle de insetos domésticos.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cientistas chineses transformam células de porcos em células-tronco

A descoberta pode abrir caminho para a criação de animais mais adequados ao transplante de órgãos para humanos.

Cientistas chineses anunciaram nesta quarta-feira que conseguiram induzir células de porcos a se transformarem em células-tronco que, como as células embrionárias, são capazes de se converter em qualquer tipo de célula do organismo.

De acordo com o Instituto de Bioquímica e Biologia Celular de Xangai e da Academia Chinesa de Ciências, esta é a primeira vez em que são utilizadas células somáticas (que não são de espermatozoides ou óvulos) de um animal ungulado (mamíferos que possuem os dedos recobertos de cascos) na criação de células-tronco.

Os pesquisadores usaram fatores de transcrição (proteínas que se ligam ao DNA de células e coordenam sua "leitura") para reprogramar células retiradas da orelha e da medula óssea de porcos. Esses fatores foram introduzidos nas células através de um vírus, e se transformaram em células-tronco do tipo embrionário.


Transplante entre espécies

A descoberta pode abrir caminho para a pesquisa de novos tratamentos para doenças genéticas humanas e a modificação genética de animais para o transplantes de órgãos em humanos, de acordo com o chefe do instituto, Lei Xiao.

"Os porcos são de uma espécie significativamente semelhante à dos seres humanos em sua forma e função, e as dimensões dos órgãos são bastante semelhantes às dos órgãos humanos", afirmou o especialista. "Nós poderíamos usar células-tronco embrionárias ou células-tronco induzidas para modificar genes ligados à imunidade dos porcos para fazer com que os órgãos suínos sejam compatíveis com o sistema imunológico humano."

"Assim nós poderíamos usar esses porcos como doadores, para fornecer órgãos que não provoquem uma reação adversa do sistema imunológico do paciente." Lei Xiao espera ainda que possam ser desenvolvidos porcos resistentes a doenças. O especialista, contudo, advertiu que pode levar vários anos para que as potenciais aplicações médicas desta experiência possam ser implementadas. A pesquisa foi divulgada na revista "Journal of Molecular Cell Biology".

Mulheres são mais propensas a morrer por enfarte.

Pouco se sabe sobre as diferenças entre homens e mulheres portadores de síndromes coronárias agudas. Porém, as mulheres são até 1,7 vezes mais propensas a sofrer de morte por enfarte agudo do miocárdio, conforme explicam a cardiologista Stella Macín e colegas, em artigo publicado na Revista Argentina de Cardiologia intitulado "Enfarte agudo do miocárdio em mulheres: características clínicas e evolução a curto e longo prazo".

De acordo com o texto, a pesquisa estudou diferenças clínicas entre mulheres e homens afetados por enfarte agudo do miocárdio. Apesar de tratamento similar ter sido aplicado a homens e a mulheres, estas últimas apresentaram perfis de risco diferentes, e agravados, em curto ou longo prazo.

Para os autores, "este trabalho confirma que existem diferenças sexuais nas síndromes coronárias agudas; é possível identificar claramente um grupo de pacientes com pior evolução hospitalar e menos sobrevivência".

Eles justificam a pesquisa argumentando que a utilidade clínica destas descobertas é revelar as diferenças reais existentes entre os sexos no que se refere aos efeitos do enfarte agudo e a necessidade de melhorar os métodos de prevenção e tratamento para as mulheres.

"A maioria dos trabalhos publicados confirmam que a variável 'sexo feminino' amplia o risco de mortalidade por enfarte agudo. Assim, no presente trabalho constatou-se que o sexo feminino aumentou o risco de mortalidade em 1,7 vezes", dizem os autores e acrescentam "a maioria das séries que incluíram pacientes que sofreram enfarte com supra-desnível do segmento ST mostraram aumento da mortalidade, tanto a curto como a longo prazo. Por outro lado, em mulheres jovens, o enfarte agudo é extremamente raro", afirmam.

Ou autores afirma ainda que "as mulheres não só apresentam maior risco de mortalidade, mas também mais complicações intra-hospitalares e menos intervenções".

Durante as apurações, nos resultados das pesquisas, os médicos constataram que podem ser citados como importantes fatores de risco: faixa etária, diabetes, obesidade, tabagismo, enfarte prévio e angina crônica estável. Como tratamento, foram prescritos trombolíticos, (foi realizada) angioplastia primária e cirurgia de revascularização miocárdica, entre outros expedientes.

De acordo com Stella e colegas, "é fato que as mulheres com enfarte agudo apresentam diferenças quanto aos fatores de risco, já que na pesquisa foi revelado que, em diferentes categorias, (os fatores de risco) se relacionam com uma taxa mais alta de diabetes e hipertensão arterial com frequência menor de tabagismo. No presente trabalho foram observadas diferenças nas características basais nas mulheres, visto que elas apresentaram maior idade (como fator de risco) e prevalência de angina crônica estável; ao contrário, os homens se mostraram mais propensos que as mulheres ao tabagismo e com maior histórico de enfarte prévio".

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Àlcool e as celulas

Metabolismo do álcool

O metabolismo do álcool acontece no fígado que remove de 90% a 98% da droga circulante. O resto é eliminado pelos rins, pulmões e pele.
Um adulto de 70 kg consegue metabolizar de 5 a 10 gramas de álcool por hora. Como um drinque contém, em média, de 12 a 15 gramas, a droga acumula-se progressivamente no organismo, mesmo em quem bebe apenas um drinque por hora.
O álcool que cai na circulação sofre um processo químico chamado oxidação que o decompõe em gás carbônico (CO2) e água. Como nesse processo ocorre liberação de energia, os médicos recomendam evitar bebidas alcoólicas aos que desejam emagrecer, uma vez que cada grama de álcool ingerido produz 7,1 kcal, valor expressivo diante das 8kcal por grama de gordura e das 4kcal por grama de açúcar ou proteína.


Danos causados ás células através do álcool

O álcool afeta nas células do cérebro, fígado, esôfago, pâncreas, intestino, entra outros, e nesses tópicos há tipos de conseqüências causadas a células de partes do corpo.
• Células do cérebro:
Causa a destruição de neurônios e impedir a realização de sinapses, fundamentais a processos como o de aprendizagem. álcool causa alteração da memória e perda de reflexos, o que pode contribuir para acidentes de trânsito.


• Células do fígado:
Causa inflamação das células, assim, causando hepatite, mas não só acontece isso causa muitas outras coisas, mais a hepatite é a pior.


• Células do esôfago:
O álcool danifica as células do esôfago, causando uma inflamação chamada esofagite, e pode causar sensação de queimação e dores quando um alimento for engolido.


• Células do pâncreas:
O álcool provoca a inflamação desse órgão, que pode resultar na destruição das células que produzem insulina e das que produzem as enzimas, Provocando dor abdominal e vômitos.


• Células do intestino:
O álcool pode desenvolver uma úlcera por conta da inflamação das células ou ainda um câncer, além da síndrome da má absorção.


Essas doenças é resultado do uso do álcool excessivo, por conta de jovens, adultos, mulheres, homens, entre outros. E todas essas doenças podem causar a morte. Então viva a vida com moderação, e preserve sua saúde.

domingo, 17 de maio de 2009

Hepatite pode causar câncer e levar à morte


(Saúde) - Também conhecida como amarelão ou derrame de bile, a hepatite é uma inflamação do fígado. Pode ser causada por infecções (vírus, bactérias), álcool, medicamentos, drogas, doenças hereditárias (depósitos anormais de ferro, cobre) e doenças autoimunes.
É considerada uma doença silenciosa porque muitas vezes não se manifesta e o paciente só vai saber quando já está em uma situação crítica. A estimativa é de que 95% dos pacientes desconhecem que estão doentes. Sem sintomas, os pacientes não procuram o médico. Dessa forma, sem o diagnóstico e tratamento adequados, muitos casos evoluem para a insuficiência hepática, cirrose ou o câncer hepático.
Hoje, segundo dados do Ministério da Saúde, seis milhões de brasileiros são portadores de hepatite crônica B e C. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a hepatite afeta 520 milhões de pessoas em todo o mundo. Esse número é 13 vezes maior que a epidemia de aids. Conforme a OMS, a doença representa a décima causa de morte no mundo.

Hepatite A
A Hepatite do tipo A é uma infecção causada pelo vírus da hepatite A (HAV), um RNA vírus, que tem um período de incubação de 2 a 6 semanas, durante o qual se reproduz no fígado, sendo eliminados nas fezes duas semanas antes e até uma semana depois do início do quadro clínico; também podem ser encontrados no soro e na saliva, embora em uma concentração muito menor do que nas fezes.

Hepatite B
É definida como inflamação do fígado causada pela infecção com Vírus da Hepatite B (HBV), agente infeccioso da família Hepdnaviridae, cujo material genético é constituído por DNA. Os tipos B e C podem evoluir para doença hepática crônica, e têm sido associados com carcinoma hepatocelular primário.

Hepatite C
Hepatite C é a inflamação do fígado causada pela infecção pelo vírus da hepatite C (VHC ou HCV), transmitido através do contato com sangue contaminado. Essa inflamação ocorre na maioria das pessoas que adquire o vírus e, dependendo da intensidade e tempo de duração, pode levar à cirrose e câncer do fígado.