segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Notícias do grupo: José Henrique, Lucas Aquino e Rodrigo Fernandes

Cuba transplanta células-tronco em sistema nervoso
O primeiro transplante com células-tronco no sistema nervoso central foi realizado em Cuba em um homem de 32 anos, em estado paraplégico, informou hoje a imprensa local.
O paciente, não identificado, evolui satisfatoriamente três meses após ter sido submetido à inovadora técnica, afirmou o neurocirurgião Amado Delgado Gómez à Agência de Informação Nacional (AIN).
O médico explicou que o paciente recupera a função motora nos membros inferiores e anda com o auxílio de órtese - dispositivo mecânico que exerce forças sobre uma parte do corpo.
A técnica aplicada estimula a regeneração do tecido danificado e recupera em grande parte a função motora, depois de vários meses de reabilitação, afirmou o especialista cubano.
Delgado afirmou que se recomenda este tipo de intervenção no tratamento do mal de Parkinson, dos tumores cerebrais, do mal de Alzheimer, da esclerose múltipla, dos transtornos cerebrais, das más-formações congênitas, enquanto estão em estudo em laboratório outras doenças.
Esta primeira intervenção, realizada por uma equipe integrada por neurocirurgiãos, anestesistas, hematologistas, instrumentistas e enfermeiros, se estenderá a outras instituições hospitalares do país, de acordo com a fonte.
Os transplantes de células-tronco são usados também no infarto do miocárdio, em tumores embrionários, no câncer de mama, na clonagem de órgãos e em cirurgias ortopédicas, entre outros.
As pesquisas sobre as potencialidades das células-tronco em Cuba começaram em 2003. No caso do tratamento celular para regeneração de outros tecidos, sua aplicação começou em 2004, primeiro na angiologia, e mais tarde em cardiopatias, segundo o presidente da Comissão Nacional de Tratamento Regenerativo do Ministério da Saúde Pública, Porfirio Hernández.
Instituições científicas e assistenciais cubanas iniciaram cerca de 40 pesquisas das quais participam ao redor de 140 especialistas.
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Comer chocolate reduz risco de morte após infarto, indica pesquisa
Comer chocolate pelo menos duas vezes por semana reduz em um terço o risco de mortalidade cardiovascular quando a pessoa já sofreu um ataque cardíaco, em comparação a pessoas que não se deixam seduzir pelo doce, diz um estudo sueco publicado no exemplar de setembro do "Journal of Internal Medicine".
"O consumo de chocolate está muito associado com uma redução da mortalidade cardíaca em pessoas --não diabéticas-- que tenham sobrevivido a um infarto", enfatiza o estudo.
Essa correlação benéfica depende da dose --ou seja, aumenta com a quantidade ingerida--, com o estudo sugerindo que mais vale um pouco de chocolate do que nada.
Devido à sua porcentagem de gordura e de açúcar (variável em função de sua composição), o chocolate deve ser proibido para os diabéticos.
Por isso, Imre Janszky e seus colegas do Instituto Karolinska de Estocolmo, autores do estudo, se centraram nos suecos que não padecem dessa enfermidade, estudando 1.169 homens e mulheres não diabéticos entre 45 e 70 anos e que sofreram infarto no início dos anos 90.
Todos foram submetidos a um acompanhamento de oito anos depois da hospitalização.
Antes de receber alta no hospital, foram interrogados sobre a frequência de seu consumo de chocolate preto ao leite (cotidiano, semanal e mensal) e sobre a quantidade consumida durante os últimos 12 meses.
Foram levados em consideração outros critérios, como o consumo de álcool e de tabaco, além de obesidade, para que os resultados não fossem comprometidos.
As virtudes do cacau e, por extensão, do chocolate preto, já eram conhecidas por seus efeitos sobre a tensão arterial e a fluidez sanguínea.
Os antioxidantes (flavonoides), abundantes no chocolate preto, podem ser os responsáveis. Assim, convém verificar a porcentagem de cacau antes de comprar a barra, já que algumas contêm apenas 10 a 15%.
Outros estudos demonstram que o chocolate pode reduzir a mortalidade dos homens de idade avançada e com boa saúde, e das mulheres depois da menopausa.
Ainda que reconhecendo seus méritos, os médicos alertam que o uso abusivo da guloseima pode provocar problemas de excesso de peso.
"Incentivo, no entanto, aqueles que buscam uma saúde melhor que pensem no chocolate em quantidades pequenas", sugere Kenneth Mukamal, coautor do estudo.
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Moradores invadem usina que contaminou 600 crianças com chumbo na China

entenas de pessoas invadiram uma usina de derretimento de chumbo na província de Shaanxi, na China, nesta segunda-feira, depois que o local foi apontado por autoridades como responsável pelo envenenamento de mais de 600 crianças.
Moradores de dois vilarejos derrubaram uma cerca de 300 metros e destruíram caminhões e outros veículos que abasteciam as caldeiras da fundição Dongling, no condado de Changqing.
Centenas de policiais foram enviados ao local para tentar restabelecer a ordem.
Horas antes, as autoridades da província haviam anunciado que estavam acelerando os planos para realocar os cerca de mil moradores da região próxima à usina.
Mais de 150 crianças envenenadas estão internadas em hospitais, enquanto as demais estão recebendo tratamento em casa.
Mudança
Segundo o correspondente da BBC em Pequim, Quentin Sommerville, o ar em torno da fundição contém seis vezes mais chumbo que em outras partes de Changqing.
Quando a usina abriu, em 2006, foi criado um plano para realocar todas as pessoas vivendo em um raio de 500 metros do local. Mas o processo se atrasou, e mais de 400 famílias ainda esperam a mudança.
Apesar disso, de acordo com Sommerville, os moradores estão preocupados com o fato de o novo vilarejo não ser longe o suficiente da usina.
Não houve declarações sobre se a empresa ou seus proprietários serão punidos pelo envenenamento.
A intoxicação por chumbo pode provocar danos ao sistema nervoso e, em casos mais graves, levar à morte.

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