O código genético dos bebês que nascerão dentro dos próximos dez anos poderá ser mapeado já no nascimento, conforme prevê a empresa líder mundial de estudos do genoma humano, Illumina. Segundo Jay Flatley, executivo da companhia, a leitura completa do DNA deverá ser feita com técnicas acessíveis e mais baratas, o que geraria uma revolução na medicina preventiva. As informações são do site britânicoTimesonline.
De acordo com Flatley, apenas questões jurídicas e sociais deixam o seqüenciamento do genoma suscetível a atrasos para aplicar a técnica, mas ele acredita que, a partir de 2019, se torne rotina mapear o código genético de recém-nascidos.
Com a evolução do procedimento médico e a liberação de sua aplicação, o executivo afirma ainda que será aberta uma nova abordagem para a medicina, pelo meio da qual doenças cardíacas ou como o diabetes poderão ser previstos e evitados com tratamentos seguros e eficazes.
O mapeamento do DNA, no entanto, tem levantado sérias questões com relação à privacidade e ao acesso dos registros genéticos da pessoa mapeada, o que poderia prejudicá-los se tal informação de seu estado de saúde fosse usado contra empregadores ou companhias de seguros. Flatley acredita que muitas pessoas, temerosas por vir a ser renegadas a vagas de emprego ou adesão a seguradoras de saúde por apresentarem preponderância a desenvolver determinada doença, pudessem não querer que o mapeamento fosse feito.
Ainda um procedimento caro, o mapeamento genético poderia ter seus custos reduzidos. O Projeto Genoma Humano, que publicou o seu primeiro estudo bruto de seqüenciamento genético humano em 2001, custou cerca de US$ 4 bilhões. Mas para tornar a técnica acessível financeiramente, a Illumina está preparando o lançamento de um mapeamento mais barato para ser executado dentro de até dois anos.
A companhia calcula que poderia fazer o mapeamento cobrando valores entre US$ 10 mil e 20 mil, a princípio. Mas no último mês, a Illumina anunciou uma parceria que pode ser feita com a Nanopore Oxford, empresa britânica que está desenvolvendo uma nova abordagem de seqüenciamento, o que levaria à redução dos custos.
Em uma entrevista ao Times, Flatley disse que a seqüência do genoma pode ser feita, futuramente, por menos de US $ 1 mil dentro de três a quatro anos. "Acho que esses limites serão rompidos num horizonte de até dez anos", acrescentou.
Flatley explica que o genoma do bebê ao nascer poderia ser mapeado através do teste do pezinho, técnica utilizada hoje em que é retirada uma pequena quantidade de sangue para verificar a preponderância a desenvolver doenças hereditárias, a exemplo da fibrose cística.
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