sábado, 14 de fevereiro de 2009

Grupo: Pedro Malvão, Silas e Pedro Lima

Genoma do resfriado é sequenciado
Agência FAPESP – De todos os problema de saúde comuns, talvez nenhum seja tão familiar quanto o resfriado. A inflamação das vias aéreas superiores tem origem viral, mas como existem muitos tipos de rinovírus, é comum que a cada vez seja um novo que causa a infecção. Não há vacina contra o resfriado e o tratamento se resume a lidar com os sintomas – como coriza e tosse, dores musculares, na cabeça e garganta e indisposição – que não são causados pelos vírus, mas pela reação do organismo à invasão. A infecção por rinovírus é responsável pela metade dos ataques de asma e é um fator importante em casos de bronquite, sinusite, infecções de ouvido e pneumonia. Um grande passo para aumentar o conhecimento sobre o importante problema acaba de ser dado por pesquisadores nos Estados Unidos. Em artigo publicado nesta sexta-feira (13/2) no site da revista Science, o grupo descreve ter completado as sequências genômicas de todas as 99 linhagens conhecidas dos vírus causadores do resfriado comum. As sequências foram organizadas em uma espécie de árvore genealógica, que mostra como os vírus estão relacionados uns com os outros, com suas semelhanças e diferenças. Os autores apontam que o trabalho fornece uma ferramenta poderosa que poderá levar ao desenvolvimento dos primeiros tratamentos efetivos para o resfriado. “Até hoje não temos tido sucesso no desenvolvimento de drogas eficientes para curar o resfriado comum, que talvez se deva à falta de informações a respeito da composição genética de todas as linhagens”, disse Stephen Liggett, professor da Escola de Medicina e diretor do Programa de Genômica Cardiopulmonar da Universidade de Maryland, principal autor do estudo. “Geralmente pensamos em resfriados como um mero inconveniente, mas eles podem ser debilitantes em crianças pequenas ou em idosos. Também podem levar a ataques de asma em qualquer idade. Além disso, estudos recentes indicam que infecções por rinovírus em crianças pequenas podem programar seus sistemas imunológicos a desenvolver asma na adolescência”, disse Liggett. Os cientistas verificaram que os rinovírus humanos estão organizados em 15 pequenos grupos herdados de ancestrais distantes. A descoberta desses múltiplos grupos explica por que a abordagem de “um remédio para todos os resfriados” não funciona. Também observaram que os vírus pulam uma etapa na hora de produzir proteínas, um atalho que provavelmente aumenta a velocidade do microrganismo em fazer com que a pessoa sinta os sintomas logo após a infecção. “Essa é uma nova percepção, que não seria possível sem ter sido revelada por meio da análise genômica. Informações resultantes dessa descoberta poderão representar uma abordagem completamente diferente em termos de terapia”, disse Claire Fraser-Liggett, diretora do Instituto de Ciências Genômicas da Universidade de Maryland, outra autora do estudo. O estudo apontou que alguns dos rinovírus humanos resultam da troca de material genético entre duas linhagens distintas do vírus que infectam o mesmo indivíduo. Não se achava que tal recombinação fosse possível em rinovírus humanos. Durante os meses mais frios, quando muitas linhagens de vírus causam infecções, a recombinação pode produzir rapidamente novas linhagens.
Múltiplas mutações (cerca de 800) se mostraram evidentes em amostras de vírus obtidas pelos pesquisadores de pacientes com resfriado, em comparação com linhagens de referência de rinovírus mais velhos. Alguns vírus se modificam por meio de pequenas alterações em certas

proteínas de modo a evitar que sejam destruídos por anticorpos do sistema imunológico humano. “Mutações foram encontradas em cada área do genoma”, disse Claire. “Os dados acumulados dessas sequências genômicas completas dão uma oportunidade de reconsiderar vacinas [contra resfriado] como uma possibilidade, especialmente à medida que reunimos amostras de muitos pacientes e sequenciamos os genomas inteiros, de modo a verificar com que frequência eles experimentam mutações durante os meses mais frios”, disse Stephen Liggett. Essa continuação do estudo agora publicado já está em andamento. O artigo Sequencing and analyses of all known human rhinovirus genomes reveals structure and evolution, de Stephen Liggett e outros, pode ser lido por assinantes da Science em (http://www.sciencemag.org/)

http://biologias.com/noticias/443/Genoma-do-resfriado-e-sequenciado

Créditos: Agência FAPESP


13/02/2009 - 08h50
Equipe divulga rascunho do genoma do neandertal.
É apenas m rascunho, mas o anúncio de 63% do genoma do neandertal, hominídeo que sumiu da face da Terra há 30 mil anos, já é suficiente para saber algo sobre essa espécie e, por tabela, ter algumas pistas sobre o motivo de os humanos serem realmente humanos.
A primeira questão respondida, segundo Jean-Jacques Hublin, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, da Alemanha, é a da separação entre os neandertais --que viveram na Europa e em parte da Ásia-- e os seres humanos considerados modernos.
"Essa divergência ocorreu há 500 mil anos aproximadamente", disse o pesquisador ontem, desde Leipizig, em uma videoconferência para jornalistas que marcou a abertura do encontro anual da AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência), na cidade de Chicago, com seu famoso vento gelado soprando forte.
Outra sutil diferença, segundo Steve Pääbo, um dos líderes da pesquisa, que também trabalha no Max Planck, é em relação à mutação de um gene do cromossomo número 2, que regula a resposta à lactose, um açúcar presente no leite.
"Os neandertais [adultos] não eram capazes de processar a lactose. Isso também ocorre com parte dos humanos", disse o cientista, que estará pessoalmente em Chicago no domingo para apresentar seus dados, que ainda não foram publicados em revistas científicas.
A falta de publicação oficial levou Pääbo a esconder algumas informações do seu estudo ontem. "Posso dizer apenas que provavelmente não houve cruzamento entre os neandertais e os seres humanos", afirmou. Além do gene da lactose, os cientistas estudam com mais detalhe o gene FOXP2, ligado à linguagem, e um outro que pode explicar a microcefalia.
"De forma geral, podemos dizer que houve uma pequena contribuição dos neandertais para a variação encontrada na espécie humana", limitou-se a dizer o cientista. Para chegar ao rascunho do genoma do neandertal, o consórcio europeu, liderado pela Alemanha, determinou a sequência de mais de 3 bilhões de pares de bases.


Contaminação
Um dos grandes desafios da produção do primeiro genoma de um hominídeo extinto foi eliminar a contaminação do material analisado. A maioria dos pares de bases saíram de um fóssil encontrado na caverna de Vindija, na Croácia. Para se certificar de que o material era mesmo de um neandertal, e não de um micróbio qualquer que estivesse presente sobre o osso, por exemplo, o grupo usou várias outras amostras de localidades da Europa.
Foram usados fósseis encontrados em Sidrón (Espanha), na caverna Mezmaiskaya, que fica na cordilheira do Cáucaso, e no vale de Neander, em 1856. Esta amostra alemã, de 40 mil anos, foi a que definiu o nome da espécie. O osso estudado mais antigo, de mais de 60 mil anos, saiu do Cáucaso.
O cuidado com a tecnologia empregada no método teve de ser redobrado depois da contaminação detectada numa análise feita pelo grupo em 2006. Segundo Pääbo, foram desenhadas etiquetas de DNA com identificadores únicos. E cada uma dessas marcas foi ligada ao DNA ancestral dentro da chamada "sala limpa", um laboratório especial.
A potência dos sequenciadores usados também reduziu a quantidade de osso que teve de ser analisada. Menos de meio grama de osso foi necessário para produzir os bilhões de sequências geradas na pesquisa.
Segundo Pääbo, os próximos dois ou três anos serão fundamentais para que a relação entre neandertais e seres humanos fique ainda mais clara.



13/02/09
Estudo diz que colesterol do ovo é insignificante
Segundo estudiosos, a gordura de origem animal seria um risco maior para infartos e doença do coração. Outros fatores que aumentam a gordura no sangue são o fumo, o sedentarismo e a obesidade.
Um alimento que era acusado de prejudicar a saúde quando consumido em excesso está sendo reabilitado por cientistas britânicos.
O ovo já foi o vilão de todas as dietas. Apontado como o causador do aumento de colesterol, a gordura acumulada no sangue que leva a problemas cardíacos. Mas em estudos mais recentes revelam que o ovo foi injustiçado ao longo do tempo. Quem garante são especialistas da Universidade de Surrey, na Inglaterra. As pesquisas mostram que a quantidade de colesterol existente no ovo é insignificante do ponto de vista clínico. E que apenas 1/3 do colesterol sanguíneo se origina na dieta. Os estudiosos afirmam que a gordura saturada, de origem animal, seria um risco muito maior para infartos e doença do coração. Outros fatores que aumentam a gordura no sangue são: o fumo, o sedentarismo e a obesidade. Os pesquisadores dizem que não sabem a origem da crença de boa parte da população mundial, de que é preciso limitar o consumo de ovo em no máximo três por semana, porque acima disso seria prejudicial à saúde. Os pesquisadores contestam e até indicam o consumo diário, já que a clara e a gema do ovo são consideradas nutritivas e devem fazer parte de uma dieta equilibrada. A nutricionista americana Tara Miller diz que o ovo é um bom alimento, rico em proteínas, mas não significa que se possa exagerar no consumo e é bom escolher a forma de preparo, sem fritura, para que a gordura não prejudique a saúde.

13/02/09
Mapeamento genético de infarto é traçado
Os médicos brasileiros conseguiram pela primeira vez identificar os genes que provocam o infarto. A partir de agora, o diagnóstico vai ficar mais preciso na prevenção e no o tratamento.
Estudo realizado em parceria entre a Universidade de São Paulo, centros de pesquisa da Europa e o Instituto Dante Pazzanese, traçou o mapeamento genético de um infarto. A descoberta vai ajudar a prevenir, diagnosticar e tratar doenças do coração. Dez homens e um mesmo problema. Todos chegaram ao pronto socorro do Hospital Dante Pazzanese com diagnóstico de infarto.
“Estava com entupimento em uma das veias. A gente nunca pensa que venha acontecer com a gente”, diz Roberto Fernandes, aposentado.
Eles concordaram em participar de uma pesquisa inédita. Os médicos retiraram sangue dos pacientes durante e depois do infarto. Das amostras foram isolados os genes. Identificados como pontinhos brancos, a base do mapeamento genético.
Depois de dois anos de pesquisas, os médicos brasileiros conseguiram pela primeira vez identificar os genes que provocam o enfarto. Com isso, a partir de agora, o diagnóstico vai ficar mais preciso e tanto a prevenção quanto o tratamento, poderão ser mais eficientes.
O resultado dos exames revela quais genes estavam ativos durante o infarto. São identificados como quadradinhos vermelhos. Tudo o que os médicos queriam saber.
“Essa descoberta vai possibilitar o entendimento do mecanismo de geração do enfarto, é como se a gente dispusesse de manual de instrução de como um paciente enfarta”, afirma Marcelo Sampaio, cardiologista.
Para quem teve dois infartos, como Mauro Simonato, paciente outra descoberta: os genes do segundo ataque cardíaco são sempre diferentes do primeiro. Ou seja, o tratamento tem que mudar.
“Se não corressem atrás nunca iriam saber o que a gente ia ter. De onde viria o problema genético que a gente carrega”, conta.
“Eu acredito que num futuro próximo cada paciente com enfarto do miocárdio ao adentrar num serviço de emergência terá seu sangue coletado para rapidamente ser mapeado seus genes. E a partir desses genes mapeados será escolhido a terapêutica ideal para cada paciente”, diz o cardiologista.

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